terça-feira, 9 de janeiro de 2018

O Que Realmente Aconteceu aos Dinossauros? - parte 02/02 (por Ken Ham)

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A Bíblia menciona os dinossauros?

Se as pessoas viram dinossauros, seria de se esperar que os escritos históricos antigos, como a Bíblia, deveriam mencioná-los. A versão "King James" foi traduzida pela primeira vez em 1611.[1] Algumas pessoas pensam que o fato de não se encontrar a palavra ‘dinossauro’ nela, ou noutras traduções, significa que a Bíblia não menciona os dinossauros.

Mas a palavra "dinossauro" só foi inventada em 1841[2]. Sir Richard Owen, um famoso anatomista britânico e primeiro diretor do Museu Britânico (e um firme anti-Darwinista), observando os ossos do Iguanodonte e do Megalossauro, percebeu que estes representavam um grupo único de répteis que ainda não tinham sido ainda classificados. Ele criou o termo ‘dinossauro’ a partir de palavras gregas que significam ‘lagarto terrível’. [3]

Portanto, não se poderia esperar encontrar a palavra ‘dinossauro’ na Bíblia "King James" - a palavra não existia quando a tradução foi feita.

Existe outra palavra para ‘dinossauro’? Existem lendas de dragões em todo o mundo. Muitas descrições de ‘dragões’ se encaixam nas características de dinossauros específicos. Poderiam se referir ao que agora chamamos dinossauros?
A palavra hebraica correntemente traduzida para ‘dragão’ na versão "King James" (hebraico: tan, tannin, tannim, tannoth) aparece no Antigo Testamento cerca de 30 vezes. Existem passagens na Bíblia sobre ‘dragões’ que viveram em terra: "engoliu-me [Nabucodonosor] como um dragão" (Jeremias 51:34), "os dragões selvagens" (Mal. 1:3). Muitos criacionistas bíblicos acreditam que em muitos contextos, elas poderiam referir-se ao que agora chamamos dinossauros.[4] Realmente, a "Strong´s Concordance" lista ‘dinossauro’ como um dos significados de tannin/m.

Em Gênesis 1:21, a Bíblia diz: "Deus criou, segundo as suas espécies, os monstros marinhos e todos os seres vivos que se movem nas águas." A palavra hebraica para "monstros marinhos" (‘baleias’ na versão King James) é a palavra traduzida noutros lugares como ‘dragão’ (hebraico: tannin). Então, no primeiro capítulo do primeiro livro da Bíblia, Deus pode estar descrevendo os grandes dragões marinhos (animais como dinossauros, que habitavam no mar) que Ele criou.

Existem outras passagens bíblicas sobre dragões que viviam no mar: "os dragões nas águas" (Salmos 74:13), "o Senhor-matará o Monstro do mar" (Isaías 27:1). Embora a palavra ‘dinossauro’ se refira estritamente aos animais que viveram na terra, tanto os répteis marinhos como os répteis voadores são geralmente agrupados juntamente com eles. Os dragões marinhos poderiam incluir animais como dinossauros, como os Mosasaurus.[5]
Jó 41 descreve um grande animal que viveu no mar, Leviatã, que cuspia fogo. Este ‘dragão’ pode ter sido algo como o enorme (17 m) Kronosaurus [6] ou o ainda maior (25 m) Liopleurodon.

Na Bíblia, há ainda a referência a uma serpente voadora na Bíblia: as "áspides voadoras" (Isaías 30:6). Isto poderia referir-se a um dos Pterodáctilos, que são populares como dinossauros voadores, tais como o PteranodonteRamforinco ou Ornitocheiro. [7]

Não muito tempo depois do Dilúvio, Deus estava a mostrar a um homem, Jó, o quão grande Ele era como Criador, ao lembrar-lhe o maior animal que Ele criou: "Veja o Beemote que criei quando criei você e que come de capim como o boi.
Que força ele tem em seus lombos! Que poder nos músculos do seu ventre! A cauda dele balança como o cedro; os nervos de suas coxas são firmemente entrelaçados. Seus ossos são canos de bronze, seus membros são varas de ferro.
Ele ocupa o primeiro lugar entre as obras de Deus. No entanto, o seu Criador pode chegar a ele com sua espada." (Jó 40:15-19).

A frase "obra-prima de Deus" sugere que este era o maior animal que Deus fez. Então que tipo de animal seria esta "besta"?

Os tradutores da Bíblia, como não tinham a certeza de que animal seria, frequentemente usaram o mais literalmente possível do hebraico e daí surgiu a palavra beemote. Contudo, muitos comentários e notas bíblicas, dizem que esta "besta" poderá ser 'um hipopótamo ou elefante’.[8] Algumas versões da Bíblia realmente traduzem beemote desta maneira.[9] Apesar do fato do elefante e o hipopótamo não terem sido os maiores animais terrestres que Deus fez (alguns dos dinossauros eram bem maiores), esta descrição não faz sentido, dado que a cauda deste animal é comparada com um grande cedro (árvore).

A cauda pequenina do elefante (ou a do hipopótamo) não tem muito a ver com um cedro! Obviamente o elefante e o hipopótamo não poderiam ser esse animal. Não há nenhuma criatura viva que chegue perto dessa descrição. Contudo, esta besta poderia ser parecida com um Braquiossauro, um dos maiores dinossauros.

Existem outros registros antigos de dinossauros?

No filme "The Great Dinossaur Mystery"[10], são apresentados alguns registos de dragões:
  • Uma história suméria datada de 2000 A.C. ou mais, fala-nos de um herói chamado Gilgamesh que, quando cortava cedros numa floresta remota, encontrou um enorme dragão que matou, cortando a sua cabeça e levando-a como troféu.
  • Quando Alexandre o Grande (cerca de 300 A.C.) e os seus soldados marcharam até à Índia, descobriram que os Indianos adoravam grandes répteis sibilantes que mantinham em cavernas.
  • A China é conhecida pelas histórias de dragões os quais são proeminentes na porcelana chinesa, bijutaria e esculturas.
  • A Inglaterra tem a sua história de São Jorge, que matou um dragão que vivia numa caverna.
  • Existe a história de um irlandês do século X que escreveu sobre o seu encontro com o que parece ter sido um Stegosaurus.
  • Nos anos de 1500, um livro científico europeu, Historia Animalium, registou vários animais a que chamaríamos dinossauros, como estando ainda vivos. Um naturalista bem conhecido dessa altura, Ulysses Aldrovandus, registou um encontro entre um camponês chamado Baptista e um dragão cuja descrição encaixa com o do pequeno dinossauro Tanystropheus. O encontro foi em 13 de Maio de 1572, perto de Bolonha na Itália e o camponês matou o dragão.
Petróglifos (desenhos feitos na pedra) de criaturas tipo dinossauros também têm sido encontrados.[11]
Em resumo, as pessoas ao longo dos tempos, têm estado muito familiarizadas com dragões. As descrições destes animais encaixam com o que sabemos sobre dinossauros. A Bíblia menciona tais criaturas, até mesmo aqueles que viviam no mar e voavam no ar. Existe um registo enorme de outras evidências históricas que comprovam que tais criaturas viveram próximo das pessoas.

O que é que os ossos dizem?

Existe também evidência física de que os ossos de dinossauro não têm milhões de anos. Cientistas da Universidade de Montana descobriram ossos de T. rex que não estavam totalmente fossilizados. Havia seções de ossos que eram como osso vivo e continham o que parecia ser células de sangue e hemoglobina. Se estes ossos tivessem realmente milhões de anos, então as células de sangue e hemoglobina ter-se-iam desintegrado totalmente.[12] Também não haveria ossos vivos se tivessem milhões de anos.[13] Um relatório feito por estes cientistas dizia o seguinte:

"Um pedaço fino de um osso de T. rex tinha uma cor âmbar por debaixo da lente do meu microscópio- o laboratório encheu-se de murmúrios de incredulidade, pois eu tinha focado algo dentro das veias que nenhum de nós tinha verificado antes: objectos pequenos e redondos, em vermelho transluzente com um centro escuro- Células vermelhas sanguíneas? A forma e a localização sugeria que fossem, mas células sanguíneas são basicamente água e não poderiam estar preservadas num tirannosauro de 65 milhões de anos- A amostra de osso que nos tinha entusiasmado tanto, tinha vindo de um bonito espécime quase completo de Tiranossauro rexdescoberto em 1990- Quando a equipa trouxe o dinossauro para o laboratório, verificamos que algumas partes interiores do longo osso da perna não estavam completamente fossilizadas- Até agora, pensamos que toda esta evidência apoia a ideia de que os nossos pedaços de T. rex pudessem conter fragmentos de hemoglobina preservados. Mas é necessário trabalhar mais antes de estar suficientemente confiante para poder dizer, ‘Sim, este T. rex tem componentes sanguíneos nos seus tecidos.’"[14]

Ossos de dinossauros com bico de pato não fossilizados foram encontrados na encosta norte do Alasca.[15] Cientistas criacionistas também recolheram outros ossos de dinossauros não fossilizados congelados no Alasca.[16] Os evolucionistas não poderiam dizer que estes ossos estiveram congelados durante os milhões de anos que, supostamente, passaram desde o seu desaparecimento, Esses ossos não poderiam ter sobrevivido durante tantos milhões de anos desmineralizados. Este é um quebra-cabeças para aqueles que acreditam numa ‘era dos dinossauros’ há milhões de anos, mas não para alguém que alicerça o seu pensamento na Bíblia.

O que comiam os dinossauros e como se comportavam?

Filmes como o "Jurassic Park" e o "Mundo Perdido" mostram a maior parte dos dinossauros como carnívoros agressivos. Mas a simples presença de dentes afiados não mostra a forma como um dinossauro se comportava, ou o tipo de alimentos que comia - somente que tipo de dentes tinha (para rasgar comida, etc.) Contudo, ao estudar fósseis de fezes de dinossauro[17], os cientistas foram capazes de determinar a dieta de alguns deles.

Originalmente, antes do pecado, todos os animais, incluindo os dinossauros, eram vegetarianos. Gênesis 1:30 declara: "E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão". E assim foi."
Isto significa que mesmo o T. rex, antes do pecado entrar no mundo, comia somente plantas. Algumas pessoas se opõem a isto insistindo em que os grandes dentes que um grande T. rex tinha devem ter sido usados para atacar animais. Contudo, só porque um animal tinha dentes grandes e afiados, não significa que comesse carne. Significa somente que tinha dentes grandes e afiados![18]

Hoje, muitos animais têm dentes afiados e são basicamente vegetarianos. O panda gigante tem dentes afiados como um carnívoro, mas come somente bambu. Talvez os dentes da panda tenham sido designados para comer bambu. Para ‘explicar’ porque razão um panda gigante tem dentes semelhantes aos de muitos carnívoros de hoje, enquanto come bambu, os evolucionistas precisariam dizer que o panda gigante evoluiu como um carnívoro e depois passou a comer bambu.[19]
Espécies diferentes de morcegos comem fruta, néctar, insetos, pequenos animais e sangue, mas os seus dentes não indicam claramente o que comem.[20] Os ursos têm dentes semelhantes aos de um grande felino (ex. um leão), mas alguns ursos são vegetarianos e muitos outros, se não a maior parte, são principalmente vegetarianos.

Antes do pecado, Deus descreveu o mundo como ‘muito bom’ (Gênesis 1:31). Algumas pessoas não aceitam este conceito da perfeita harmonia, por causa da cadeia alimentar que observam no mundo atual. Contudo, não se pode olhar para o mundo amaldiçoado e pecaminoso e para a morte e luta resultantes desse pecado e usar isso para rejeitar o relato histórico de Gênesis. Tudo mudou por causa do pecado. É por isso que Paulo descreve a presente criação como ‘gemendo’ (Rom. 8:22). É necessário olhar para o mundo através da visão bíblica para podermos entendê-lo.[20]

Alguns argumentam que as pessoas ou animais poderiam ficar feridos até mesmo num mundo ‘ideal’. Dizem que mesmo antes do pecado, Adão ou algum animal, poderia ter-se ferido nalgum ramo ou pedra. Bem, este tipo de situações são verdadeiras no atual mundo caído - o mundo presente não é perfeito; está a sofrer os efeitos da Maldição (Rom. 8:22). Não podemos olhar para a Bíblia através da nossa visão atual e insistir que o mundo antes do pecado era como o mundo que vemos hoje. Não sabemos como é que um mundo perfeito, continuamente restaurado e totalmente mantido pelo poder de Deus (Col. 1:17; Heb. 1:3), poderia ter sido - nunca vivemos a realidade da perfeição (apenas Adão e Eva a conheceram, antes do pecado).

No entanto, temos pequenos vislumbres através das Escrituras; em Deuteronómio 8:4, 29:5 e Neemias 9:21, é nos dito que, quando os Israelitas vaguearam pelo deserto durante 40 anos, as suas roupas e sapatos não se gastaram e os seus pés não ficaram magoados. Quando Deus mantém as coisas de forma perfeita, o desgastar-se ou magoar-se de alguma forma, nem é uma opção.

Pense em Sadraque, Mesaque, e Abdenego (Dan. 3:26-27) - saíram do fogo sem sequer cheirarem a fumo. Mais uma vez, quando o Senhor mantém tudo perfeito, ficar magoado não é opção. Num mundo perfeito, antes de haver pecado e maldição, Deus teria garantido tudo, mas neste mundo amaldiçoado, as coisas decaem. Muitos comentadores acreditam que a descrição de Isaías 11:6-9 do lobo, do cordeiro e do leão que come palha como um boi, é uma imagem da nova Terra na restauração futura (Atos 3:21), quando não haverá mais maldição ou morte (Apocalipse 21:1, 22:3). Os animais descritos vivem pacificamente como vegetarianos (esta também é a descrição do mundo animal antes do pecado -Gênesis 1:30). O mundo atual foi mudado dramaticamente por causa do pecado e da Maldição. A presente cadeia alimentar e o comportamento animal (que também mudou depois do Dilúvio - Gên. 9:2-3não podem ser usados como base para interpretar a Bíblia - a Bíblia explica porque razão o mundo é da maneira que é!

No princípio, Deus deu a Adão e Eva o domínio sobre os animais: "E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra." (Gên. 1:28). Ao olharmos para o mundo atual, podemos lembrar Hebreus 2:8, "Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas agora ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas." A relação do homem com todas as coisas mudou por causa do pecado - elas já não estão "sujeitas a ele" como estavam no princípio.

A maior parte das pessoas, incluindo muitos Cristãos, tendem a observar o mundo como ele é atualmente, com toda a morte e sofrimento; depois levam essa observação para a Bíblia e interpretam-na sobre essa luz. Mas nós somos seres humanos pecadores e falíveis, a observar um mundo amaldiçoado (Rom. 8:22). Portanto, precisamos partir da revelação divina, a Bíblia, para começarmos a entender.

E o que dizer sobre as unhas e dentes afiados? O Dr. Henry Morris afirma: "Se características como unhas e dentes afiados faziam parte do aspecto original, ou eram recessivas e só se tornaram dominantes mais tarde devido a processos de seleção, ou surgiram através de mutações depois da Maldição, ou o que for exatamente, precisa de mais investigação."[21]

Depois do pecado entrar no mundo, tudo mudou. Talvez alguns animais tenham começado a comer outros nesta fase. Na época de Noé, Deus descreveu o que estava a acontecer desta maneira: "E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra." (Gên. 6:12)

Depois do Dilúvio, Deus também mudou o comportamento dos animais. Lemos: "E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra." Portanto, o homem veria que era muito mais difícil carregar o mandato de domínio dado em Gênesis 1:28.

Porque é que encontramos fósseis de dinossauros?

Para que haja formação fóssil é necessário que o animal tenha sido soterrado repentinamente. Quando um animal morre, geralmente é comido ou decompõe-se até que nada reste. Para formar um fóssil, são necessárias condições únicas para preservar o animal e o substituir por minerais, etc.

Os evolucionistas alegavam que o registo fóssil foi formado lentamente à medida que os animais morreram e foram sendo, gradualmente, cobertos por sedimentos. Mas, recentemente, eles reconheceram que o registo fóssil tem que envolver processos catastróficos.[22] Para formar bilhões de fósseis por todo o mundo, em camadas que chegam a atingir quilômetros de espessura, os organismos precisavam ter sido soterrados repentinamente. Hoje em dia, muitos evolucionistas dizem que o registo fóssil se formou repentinamente, em várias ocasiões separadas por milhões de anos!

De acordo com a Bíblia, à medida que o tempo passava, a Terra foi-se enchendo de maldade e Deus determinou que mandaria um dilúvio global que iria "destruir debaixo do céu toda criatura que tem fôlego de vida." (Gên. 6:17).

Deus ordenou a Noé que construísse um grande barco onde poria a sua família e representantes de cada espécie (equivalente ao que hoje taxonomicamente chamamos de gênero) de animal (que o próprio Deus escolheria e mandaria a Noé - Gênesis 6:20). Ele deve ter incluído uma dupla de cada espécie de dinossauros.

Como é que os dinossauros couberam na arca?

Muitas pessoas pensam que os dinossauros são criaturas enormes que nunca caberiam na Arca. Mas o tamanho médio de um dinossauro (baseado nos esqueletos encontrados por toda a Terra) é cerca do tamanho de uma ovelha.[23] Realmente, muitos dinossauros eram relativamente pequenos. Por exemplo, o Struthlomimus era do tamanho de uma ostra e o Compsógnato não era maior que um galo. O Mussauro (‘réptil rato’) não era maior que um rato. Poucos dinossauros cresciam a tamanhos extremamente grandes (ex. BraquiossauroApatossauro), mas não eram tão grandes como o maior animal do mundo atual, a baleia azul. (Os répteis têm o potencial de continuar a crescer ao longo de toda a sua vida. Portanto, os dinossauros maiores eram provavelmente os muito velhos.)

Os dinossauros punham ovos e o maior ovo fóssil de dinossauro que já foi encontrado é do tamanho de uma bola de futebol.[24] Mesmo os maiores dinossauros eram muito pequenos quando nasciam. Lembrem-se que os animais que saíram do barco serviam para repovoar a Terra. Portanto, seria quase essencial levar para a Arca os jovens adultos que em breve estariam no início da sua vida reprodutiva. É realista pensar que Deus tenha mandado jovens adultos para a Arca e não criaturas já velhas.

Alguns argumentam que as 600 ou mais espécies de dinossauros não poderiam caber na Arca. Mas Gênesis 6:20 declara que espécies representativas de animais terrestres embarcaram na Arca. A questão então é, o que é uma ‘espécie’ (hebraico: min)? Os criacionistas bíblicos explicaram que podem haver muitas sub-espécies derivadas de uma ‘espécie’. Por exemplo, existem muitos tipos de felinos no mundo, mas provavelmente todas as ‘espécies’ de felinos descenderam originalmente de apenas algumas ‘espécies’.[25] As variedades de felinos que existem atualmente desenvolveram-se a partir da ação da seleção natural e artificial sobre a variedade original na informação (genes) dos felinos primitivos. Isto produziu combinações diferentes e sub-definições de informação e portanto diferentes tipos de felinos.

As mutações (erros na cópia dos genes durante a reprodução) também podem contribuir para a variedade, mas as mudanças causadas pelas mutações levam ao declínio, a uma perda da informação original.

Até a ‘especiação’ pode ocorrer através destes processos. Esta especiação não é ‘evolução’, dado que é baseada na informação criada já presente e é portanto, um processo de declínio limitado, não envolvendo um aumento na complexidade. Portanto, somente alguns pares de felinos seriam necessários na Arca de Noé.

Os nomes dos dinossauros têm tendência a proliferar, com novos nomes a ser dados a somente alguns pedaços de osso, ou um esqueleto que parece semelhante a outro de um tamanho diferente, ou encontrado num outro país. Talvez tivessem de estar na Arca pouco menos de 50 grupos distintos ou espécies de dinossauros.[26]

Devemos lembrar também, que a Arca de Noé era extremamente grande e muito capaz de transportar o número de animais que eram necessários, incluindo dinossauros.

Os animais terrestres (incluindo os dinossauros) que não estavam na Arca, afogaram-se. Muitos foram preservados nas camadas formadas pelo Dilúvio - daí os milhões de fósseis. Presumivelmente, muitos dos fósseis de dinossauros foram enterrados nesta altura, por volta de 4500 anos atrás. Depois do Dilúvio também pode ter havido catástrofes consideráveis, incluindo eventos tais como a Idade do Gelo, resultando em algumas formações de fósseis pós-diluvianas.

As formas destes animais nas pedras, a imensa quantidade deles em cemitérios fósseis, a sua distribuição mundial e alguns esqueletos completos, fornecem forte evidência de que eles foram soterrados rapidamente, testemunhando assim uma inundação global.[27]

Porque é que hoje não vemos dinossauros?

No final do Dilúvio, Noé, a sua família e os animais saíram da Arca (Gên. 8:15-17). Os dinossauros, portanto, começaram uma nova vida num novo mundo. Juntamente com os outros animais, os dinossauros saíram e repovoaram a Terra. Eles devem ter saído do lugar onde a arca ficou e espalharam-se por toda a superfície da Terra. Os descendentes destes dinossauros deram lugar a lendas de dragões.

Mas o mundo que vieram repovoar era diferente daquele que conheciam antes do Dilúvio de Noé. O Dilúvio o tinha devastado. Era agora um mundo onde a sobrevivência era muito mais difícil.

Depois do dilúvio, Deus disse a Noé que a partir daí, os animais o temeriam e o homem poderia comer da sua carne (Gên. 9:1-7). Mesmo para o homem, o mundo tinha-se tornado um lugar mais duro. Para sobreviver, a alimentação à base de vegetais (que antes obtinham facilmente) teria agora de ser complementada com carne de animais.

Tanto os animais como o homem teriam as suas capacidades de sobrevivência testadas ao máximo. Podemos ver a partir do registro fóssil, da história escrita do homem e da experiência ao longo dos séculos recentes, que muitas formas de vida neste planeta não sobreviveram a essa prova.

Precisamos nos lembrar que muitas plantas e animais terrestres estão extintos desde o dilúvio - devido à ação do homem ou competição com outras espécies, ou por causa do ambiente pós-diluviano ser mais duro. Muitos grupos ainda se estão a extinguir. Os dinossauros parecem estar entre os grupos extintos.
Então, porque é que as pessoas têm tanta curiosidade acerca dos dinossauros e tão pouco interesse na extinção da samambaia Cladophebius, por exemplo? É o apelo dos dinossauros como monstros que excita e fascina as pessoas.

Os evolucionistas tiraram proveito deste fascínio e enchem o mundo com propaganda evolucionista centrada nos dinossauros. Isto fez com que o pensamento das pessoas, até mesmo de alguns cristãos, fosse inundado pela filosofia evolucionista. Como resultado, tendem a ver os dinossauros como algo misterioso.

Se você perguntasse num zoo porque é que têm programas de espécies em perigo de extinção, provavelmente teria uma resposta como esta: "Já perdemos muitos animais desta Terra. Os animais estão a extinguir-se a toda a hora. Olhe para os animais que já desapareceram para sempre. Precisamos de atuar para salvar os animais." Se perguntasse a seguir: "Porque é que os animais estão a se extinguir?" talvez teria uma resposta como esta: "É óbvio! As pessoas os matam; há falta de alimento; o homem está a destruir o ambiente; há doenças; problemas genéticos; catástrofes como inundações - existem várias razões."

Se então perguntasse: "Bem, o que aconteceu aos dinossauros?" a resposta seria provavelmente: "Não sabemos! Os cientistas sugeriram dúzias de possíveis razões, mas é um mistério."

Talvez uma das razões pela qual os dinossauros estão extintos é o fato de não termos começado os nossos programas de proteção a animais em perigo de extinção mais cedo! Os fatores que causam extinção hoje, que surgiram por causa do pecado do homem - a Maldição, as consequências do Dilúvio (um julgamento), etc. - são os mesmos fatores que causaram a extinção dos dinossauros.

Os dinossauros estão mesmo extintos?

Ninguém pode provar que um organismo está extinto sem ter informação acerca do que se passa, simultaneamente, em cada parte da superfície da Terra. Os especialistas têm ficado embaraçados quando, depois de terem declarado animais como extintos, estes são descobertos vivos e bem. Por exemplo, recentemente exploradores encontraram elefantes no Nepal que têm muitas características dos mamutes.[28]

Cientistas na Austrália encontraram algumas árvores vivas que se pensava terem sido extintas com os dinossauros. Um cientista disse: "- foi como achar um ‘dinossauro vivo’"[29] Quando os cientistas acham animais e plantas que pensavam estar extintos à muito tempo, chamam-lhes ‘fósseis vivos’. Existem centenas de ‘fósseis vivos’, um grande embaraço para aqueles que acreditam em milhões de anos de história da Terra.[30]

Exploradores e nativos em África contaram ter visto criaturas que pareciam dinossauros, até mesmo recentemente.[31] Estas têm estado confinadas a lugares remotos tais como lagos bem no interior das selvas do Congo. As descrições encaixam bastante bem nas de dinossauros.[32]

Pinturas feitas nas cavernas por Americanos nativos parecem mostrar um dinossauro[33] - se os cientistas aceitam os desenhos de mamutes numa caverna, porque não aceitam os desenhos de dinossauros? A doutrinação evolucionista de que o homem não viveu na mesma época que os dinossauros impede muitos cientistas de considerar até os desenhos dos dinossauros.
Certamente não seria nenhum embaraço para um criacionista se alguém descobrisse um dinossauro a viver numa selva. Contudo, isto embaraçaria os evolucionistas.

E não, não podemos clonar um dinossauro, com no filme "Jurassic Park", mesmo que tivéssemos DNA de dinossauro. Precisaríamos também de uma fêmea de dinossauro. Os cientistas descobriram que para clonar um animal, precisam de um ovo de uma fêmea, pois há ‘mecanismos’ no citoplasma do ovo que são necessários para se desenvolver uma nova criatura.[34]



Nota: Não reproduzi o texto original (traduzido) na íntegra,  mas ele pode ser lido através do link acima.Além disso, recomendo fortemente que naveguem no site AnswersInGenesis.orgHá muito material de qualidade sobre criacionismo.


Notas:
1. A versão da Biblia "King James" mais usada hoje é a a revisão de 1769 por Benjamin Blayney de Oxford.
2. D. Dixon, B. Cox, G.J.G. Savage, and B. Gardiner, "The Macmillan Illustrated Encyclopedia of Dinosaurs and Prehistoric Animals" (New York: Macmillan Publishing Co., 1988), pág. 92. R.M. Grigg, ‘Dinosaurs and Dragons: Stamping on the Legends!’ Creation, 1990, 14(3):11.
3. D. Norman, "The Illustrated Encyclopedia of Dinosaurs" (London: Sala man der Books Limited, 1985), pág. 8.
O significado de ‘lagarto terrível’ ajudou a popularizar a ideia que os dinossauros eram todos gigantes monstros selvagens. Isto está muito longe da verdade. Se Owen tivesse sabido acerca dos dinossauros pequenos, ele nunca teria inventado a palavra.
4. As palavras hebraicas têm uma variedade de significados, incluindo monstro marinho (Gén. 1:21; Job 7:12; Sal. 148:7; Isa. 27:1; Ezeq. 29:3, 32:2) e serpente (Êxod. 7:9 cf. Êxod. 4:3 e paralelismo habraico de Deut. 32:33). Tannin/m são criaturas terríveis, habitando em lugares remotos e desolados (Isa. 34:13, 35:7; Jer. 49:33, 51:37; Mal. 1:8), difíceis de matar (Isa. 27:1, 51:9), e/ou serpentina (Deut. 32:33 cf. Sal. 91:13), e/ou tendo pés (Ezeq. 32:2). Contudo, os tannin são referidos como amamentando os seus filhos (Lam.), que não é uma característica dos répteis, mas de baleias por exemplo (monstros marinhos?). A(s) palavra(s) parecem referir-se a grandes criaturas que habitavam em áreas pantanosas ou na água. O termo poderia incluir répteis e mamíferos.
5. Alguns sugeriram que foi achada uma carcaça de uma criatura marinha na costa da Nova Zelândia, possivelmente de um plesiossauro. Contudo, uma análise profunda de toda a informação sugere que era um tubarão. Ver P. Jerlström e B. Elliott, ‘Let Rotting Sharks Lie: Further Evidence for Shark Identity of the Zuiyo-maru Carcass,’ CEN Technical Journal, 1999, 13(2):83-87. No entanto, pinturas de ‘Yarru,’ claramente uma criatura tipo plesiossauro, por tribais no Norte da Austrália sugerem que os plesiossauros têm vivido muito recentemente: ver R. Driver, ‘Australia’s Aborigines-Did They See Dinosaurs?’ Creation, 1999, 21(1): 24 -27.
6. S.J. Czerkas e S.A. Czerkas, "Dinosaurs: A Global View" (Spain: Barnes and Noble Books, 1996), pág. 179.
7. Norman, "The Illustrated Encyclopedia of Dinosaurs", págs. 170-172 Wellnhofer, "Pterosaurs: The Illustrated Encyclopedia of Prehistoric Flying Reptiles" (New York: Barnes and Noble, 1991), págs. 83-85, 135-136.
8.  e.g., NIV Study Bible (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1985).
9. "New Living Translation: Holy Bible2 (Wheaton, IL: Tyndale House Publishers, 1996). Job 40:15: ‘Contempla agora o hipopótamo.’
10. P.S. Taylor, "The Great Dinosaur Mystery", Films for Christ, Mesa, AZ, 1991. Ver também o livro: P. Taylor, "The Great Dinosaur Mystery and the Bible", (Denver, CO: Accent Publications Inc., 1989).
11. D. Swift, ‘Messages on Stone,’ Creation, 1997, 19(2):20-23.
12. C. Wieland, ‘Sensational Dinosaur Blood Report,’ Creation, 1997, 19(4):42-43.
13. D. Batten, ‘Buddy Davis - The Creation Music Man (Who Makes Dinosaurs),’ Creation, 1997, 19(3):49-51. M. Helder, ‘Fresh Dinosaur Bones Found,’ Creation, 1992, 14(3):16-17.
14. M. Schweitzer e T. Staedter, ‘The Real Jurassic Park,’ Earth, June 1997, pp. 55-57. Ver reportagem em Creation, 19(4):42-43, que descreve o teste cuidadoso que mostrou que a hemoglobina estava presente.
15. K. Davies, ‘Duckbill Dinosaurs (Hadrosauridae, Ornithischia) from the North Slope of Alaska,’ Journal of Paleontology, 1987, 61(1):198-200.
16. Batten, ‘Buddy Davis-The Creation Music Man -.’
17. S.G. Lucas, Dinosaurs: "The Textbook", (Dubuque, IA: Wm C. Brown Publishers, 1994), págs. 194-196.
18. D. Marrs and V. Kylberg, Dino Cardz, 1991. O Estemmenosuchus era um grande mamífero como um réptil. ‘Apesar de ter dentes afiados, aparentemente era um herbívoro.’ Eles possivelmente concluem isto a partir dos seus dentes de trás.
19. K. Brandes, "Vanishing Species" (New York: Time-Life Books, 1974), pág. 98.
20. P. Weston, ‘Bats: Sophistication in Miniature,’ Creation, 1999, 21(1):28-31.
21. Morris, "The Genesis Record", pág. 78.
22. Por exemplo, D. Ager, "The New Catastrophism" Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1993).
23. M. Crichton, "The Lost World" (New York: Ballantine Books, 1995), p. 122. ‘Os dinossauros eram maioritariamente pequenos... As pessoas pensam que eles eram enormes, mas o tamanho médio era o de uma ovelha ou um pequeno pónei.’ Horner, "The Complete T. rex", p. 124. ‘A maior parte dos dinossauros eram mais pequenos que toiros.’
24. D. Lambert, "A Field Guide to Dinosaurs" (New York: Avon Books, 1983), pág. 127.
25. W. Mehlert, ‘On the Origin of Cats and Carnivores,’ CEN Technical Journal, 1995, 9(1):106-120.
26. Norell et.al., "Discovering Dinosaurs in the American Museum of Natural History", fi gure 56, págs. 86-87.
Czerkas and Czerkas, "Dinosaurs: A Global View", pág. 151.
27. Por exemplo, répteis afogados num dilúvio repentino há 200 milhões de anos, de acordo com a interpretação sobre os fósseis de répteis descobertos em Lubbock Quarry, no Texas, EUA. 
28. The Weekend Australian, Nov. 26-27, 1983, pág. 32.
29. C. Wieland, ‘ "Lost World" Animals Found!’ Creation, 1996, 19(1):10-13.
30. Anon., ‘Sensational Australian Tree - Like "Finding a Live Dinosaur." ’ Creation, 1995, 17(2): 13. Ver também, Anon., Melbourne Sun, Feb. 6, 1980. Mais de 40 pessoas alegaram ter visto plesiossauros na costa de Victória (Australia) ao longo de anos recentes.
31. J. Scheven, "Living Fossils: Confirmation of Creation", Creation Videos, Answers in Genesis, Queensland, Australia.
32. Anon., ‘Dinosaur Hunt,’ Science Digest, 1981, 89(5):21. H.A. Regusters, ‘Mokele-Mbembe: An Investigation into Rumors Concerning a Strange Animal in the Republic of Congo,’ 1981, Munger Africana Library Notes, Issue 64, 1982, págs. 2-32.M. Agmagna, ‘Results of the First Congolese Mokele-Mbembe Expedition,’ Cryptozoology, 1983, 2:103-como citada em Science Frontiers No. 33, 1983.
33. D. Catchpoole, ‘Mokele-Mbembe: A Living Dinosaur?’ Creation, 1999, 21(4):24-25.
34. C. Wieland, ‘Hello Dolly!’ Creation, 1997, 19(3):23.