quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Dá-me o que é meu"

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Dias atrás eu fiz uma postagem sobre uma música de um grupo evangélico onde a pessoa pede que Deus "traga de volta o que é dela"..

Pensando sobre isso, me lembrei de uma parábola que talvez seja a mais pregada de todas, e que tem um detalhe similar ao pedido da letra daquela música. 

Vejamos:

E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.

(Lucas 15:11-12)


Essa é a famosa parábola do filho pródigo, que se encontra no capítulo 15 do livro de Lucas, e vemos aqui um dos filhos pedindo ao pai a sua parte da herança para viver sua própria vida independentemente..

Sabemos que no fim, o filho arrependido retorna à casa do pai e é bem recebido, tanto que festejam sua volta, mas é interessante focar também na conseqüência da tal "liberdade" do filho antes de seu retorno..

Nos versículos 13 ao 19, pode-se ver que o filho pegou sua parte da herança e "foi para o mundo", mas não soube usar os recursos que tinha e chegou à calamitosa condição de desejar a comida dos porcos. Ou seja, se os porcos eram considerados animais imundos para os judeus, o que dizer da comida deles...

Antes de contar essa parábola, Jesus falava do Reino de Deus, o que prova que ela está sim neste contexto:

Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. (Lucas 15:10)


Pensando nisso eu me pergunto: Qual a vantagem de buscarmos "liberdade" quando temos a total provisão de nosso Pai amoroso?

Será que devemos pedir "o que é nosso por direito" ou simplesmente nos deleitar em Seu sustento?

Essa parábola reforça a mim a idéia da Graça de Deus, quando mostra que por suas próprias forças o "filho gastador" acabou se afundando, se colocando na pior das situações, e enquanto isso o outro filho continuava "debaixo da guarda" do pai, usufruindo daquilo que lhe era concedido meramente por ser "filho de seu pai".

Tenho a cada dia me convencido que esse presente tão grandioso, fruto da Misericórdia e Graça divina, deve ser abraçado com a maior gratidão..

Observo que a tal "liberdade" tão desejada e perseguida é um grande mal e tamanha demonstração de ingratidão ao Pai.

Por isso temo por tantas pessoas que insistem que são donas dos próprios destinos e que assumem seus atos.. Por tantos que querem a independência para seguir seus próprios caminhos, e se esquecem que só existem 2, e que  O Único que leva à Salvação é justamente aquele que leva à dependência a Deus..
Ou seja, a conseqüência final dessa "independência" é a morte eterna..

E você? 
Prefere o presente da provisão divina ou quer o que é seu por direito??
Ricardo disse...

Prefiro o presente da provisão divina, sem dúvida.

Barrabás disse...

Eu tb, sem quaisquer dúvidas..