domingo, 26 de maio de 2013

Aos abortistas (por Cesare Turazzi)

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Extraído de: Recantodasletras.com.br 
com autorização do autor



Aborta-te a ti mesmo, então.
Aborta este feto: isso que chamas de vida;
escarra este embrião: que chamas de 'eu';
cospe neste encéfalo: o que chamas de inteligência.
Vamos, cospe nesta tua rainha, que chamas de liberdade!

Aborta-te a ti mesmo,
vomita numa vala
este teu lixo: que chamas de direito;
e engole tua maldita!
Toma teu escarro,
e acende-o no reflexo d'água em desprezo.
Vamos, cospe neste teu rei, que chamas de ego!

Vomita-te a ti mesmo,
e aborta tua visão: que chamas de olhos. 
Corta-te a ti mesmo, 
arrancando sua língua com prazer;
toma esta coisa ridícula, que chamas de feminismo,
e joga-a nos destroços que são suas ideias.
Ué, onde está agora, pois, sua coragem?
Nos pequeninos é fácil, não é?

[O Criador dos "encéfalos" rir-se-á de ti;
zombará da tua carcaça, do teu cadáver.]

Finda esta tua carcaça: o que chamas de belo corpo;
arranca tuas torres: o que chamas de seios; 
escalpela tuas palhas secas: o que chamas de cabelo,
e sejas assim feliz! 
Não quer isso para os indefesos? 
Então seja você assim alegre, também!

Dê-se e deixe-se a dar-se;
prostitua-se, jogue-se em todos,
e venda teus órgãos:
pois, não é isso que fazes com os pequeninos?
Joga-os ao poço, à vala, à escuridão,
vende-os por um tostão de desprezo e negligência;
agora, você, jogue-se também!

Aborta-te, arranque-se em tudo que mais ama, 
e vomita este teu ventre livre. 
Sejam condenados, 
se amardes o infanticídio livre e alegre:
o que chamas de amor próprio.

Vomita teu próprio coração, então.
Aborta esta miséria que chamas de vida, se assim for;
vejamos se ficarás feliz sem vida,
sem dentes, sem corpo.

Vamos, vomita teu desejo!
Aborta teus gostos, 
e cospe na tua alegria!
Despreze tua diversão, tua vida, vamos!
Queres isto para os pequeninos, para outrem,
mas não para ti mesmo, não é?

Engole, então, estas fezes: isto que chamas de luta justa,
mas não tires mais a pequenice de outrem;
ame esta impudicícia: que chamas de feminismo;
beija esta lascívia, a qual chamas de amor;
odeie cada vez mais os pequeninos,
mata tuas crianças, estrangule-as, 
esquarteja-as, moleste-as: é isto que chamas de aborto.

Odeie-se, mas não destroce mais os pequeninos indefesos:
o que chamamos de filhos amados,
heranças de SENHOR.



Cesare Turazzi, em tudo capacitado pelo Altíssimo.
[22/05/13]
Extraído de: 
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdetristeza/4302875